Desde que o ser humano aprendeu a observar o mundo a sua volta, ele começou a se aperceber de quão variados são os desenlaces do meio em que vive, e começou então a notar os pontos de similaridade que subsistem no mesmo. Desta forma, já os neandertais e cromagnons entenderam que a estrutura percebida no decorrer do tempo, se posicionava em repetições em maior ou menor escala, dos dramas terrestres e estelares com os quais lidava em seu dia a dia.
Viam estes povos anteriores ao homo sapiens, que da mesma forma que a lua cresce e míngua no céu, as mulheres passavam por ciclos similares e vinculados a mesma quantidade de tempo, e a terra somente gerava frutos segundo a estação do ano, com base na presença de umidade e sol na quantidade correta (nem mais nem menos), para gerar vida, tanto e da mesma forma como a geração de novos membros de cada tribo acabava por ocorrer.
O drama da primavera os levou a observar a verdadeira festa da natureza, onde as flores após uma estação inteira de frio interminável e pouca caça, desabrochavam em meio a um clima morno e amistoso, onde os animais em puro êxtase passavam pelos ciclos de acasalamento.
Depois seguia-se o verão e a luz, em oposição ao frio do inverno e sua neve, onde havia fartura de caça e tempo para festas e jogos.
A seguir eram brindados com uma estação onde os frutos em enorme quantidade lhes eram ofertados pela mãe natureza, e onde contemplavam a natureza tornando-se avermelhada preparando-se para o frio que viria (pois no norte do planeta, realmente a maioria das folhas dos vegetais muda de cor para o vermelho, no outono, antes de caírem).
E por fim vinha o inverno, onde por força de necessidade aprenderam a guardar alimentos e estocá-los da melhor forma que podiam, e a manterem-se reunidos para estarem protegidos do frio e dos predadores, que expostos a falta de caça, começavam a atacar os bandos de humanos desprotegidos ou fracos, como em verdade rege a lei natural do forte suplantando o fraco.
Nestes períodos de aconchego familiar, contavam histórias do passado, de seus heróis, dos feitos da tribo, e viam o sol chegar no ponto máximo de queda no horizonte, do dia 22 a 24 de Dezembro, em meio ao frio do hemisfério norte, para no dia 25 de dezembro erguer-se mais uma vez, para voltar a travar a batalha que os símbolos da tribo representavam, com histórias e mitos.
No período de 22 a 24 de Dezembro, o Sol entra na perfeita polarização com o cinturão de Orion, chamado no Brasil de 3 Marias e no restante do Mundo de “...Os Três Reis Magos...”, e então se alinham diretamente com SÍRIUS, a estrela que regula a órbita do sol, e grande astro celebrado por egípcios e sumérios (Sothis e Kaksisa).
A Swástica lida com a idéia de Fluxo, do decorrer do ano, das estações fluindo aumentando e minguando, e com o seu passar ocorrendo ao mesmo tempo em que o aprendizado sobre a vida e seus estatutos simbólicos eram aprendidos por todos na tribo, sobre tudo pelos mais sensíveis a observação destes estatutos, aqueles que foram depois taxados com o título de Xamãs.
Ela lida com o decorrer do tempo, e ao mesmo tempo que a sociedade humana foi se desenvolvendo, o entendimento dos fluxos das estações e da vida, que são plenamente observáveis nela acabaram por sofrer complementos, ao mesmo tempo em que o conhecimento do universo e do mundo acabava por se expandir.
Assim na Mesopotâmia e no Egito, o conhecimento a cerca das estações e o desenvolvimento da astronomia e da matemática, levou ao entendimento do diâmetro da terra via o cálculo do que depois foi chamado de Número “...PI...”, que inclusive foi usado para a construção tanto dos Zigurates sumérios quando das Pirâmides do Egito (sobretudo das maiores e mais antigas).
Disto e do estudo das estações e da rotação estelar, acabou sendo gerado o entendimento a cerca do giro da terra e do tempo que o mesmo levava, assim como dos tempos do calendário Venusiano e Lunar, e por fim do calendário Solar.
Deste conhecimento evoluiu o cálculo do tempo em que o sol levaria para dar uma volta em torno do Astro que regula sua própria órbita (Vega contrabalanceada por Sírius), e notou-se que se a órbita anual solar da Terra é no sentido de Leste para Sul, contrário se dá com a órbita e com o decorrer do grande ano estelar.
A Swástica que representa o movimento horário e solar indica fluxo e giro para a direita, quando vista de frente, assim como aquela que determina o giro do grande ano estelar, perfaz seu movimento para o sentido anti-horário.
Mas a coisa não parou apenas nisto, pois uma vez que o estudo das constelações veio a nascer, a observações do giro horário e anti-horário também teve seu ponto de contato ali, uma vez que ambos os giros levam em consideração 12 constelações que são usadas na astrologia (tanto a de características gregas quanto a de características hindus e Tibetanas – ambas tendo sua origem nos trabalhos sumérios e egípcios).
As pontas básicas da Swástica, vinculadas aos signos que estavam vinculados ao ponto onde ocorria o ápice de poder de cada estação do ano, vieram a ser vinculados com as Constelações ligadas justamente aos períodos do ano que estavam mais afetados por cada uma das estações.
Assim Aquários veio a estar ligado ao Ar, por conta dos ventos frios do inverno no norte do planeta, e Leão ao Fogo pela plenitude do Verão que ocorre na metade Agosto, no hemisfério norte.
Touro eclode juntamente com o ápice da Primavera, e lida com a potência do macho ativada pelos ciclos e cio da fêmea, nesta estação.
E escorpião lida com o período de plenitude do Outono, quando então a natureza fica avermelhada como o Coração Vermelho da Constelação de Escorpião, ou seja Antares sua estrela alpha.
Os demais Oito Signos estão presentes na equação representativa da Swástica, como parte do sistema de fluxo durante o giro da Swástica de uma estação a Outra.
O que nos leva aos princípios do Kalachacra, a roda do Tempo do deus tibetano Mahakal (Shankara para os Hindus), pois o tempo tudo devora, e somente o que é imperecível devora o tempo.
Justamente esta estropia presente no fluxo do tempo, no decorrer das estações, implica no giro da Swástica para o Bonpo (o sistema de shamanismo que havia no Tibete antes do budismo, e que não podendo ser sobrepujado pelo mesmo, foi absorvido e mantido como uma forma de Budismo com todas as suas tradições preservadas nele).
No Bonpo, a Yungdrung (swástica) é o próprio Mahakal e o Kalachacra em si mesma.
É vista por esta característica marcante ligada ao tempo, como sendo o Sol muitas vezes, o que é interessante no caso Eslavo, Hindu e Nórdico pois nestes países Sunen, Suria e Sowelo são os nomes das Deusas que representam o sol nas tradições originais destas regiões, e no caso nórdico o símbolo de Sowelo ou Siegil, é a Runal Sig, que é uma construção simples da Swástica expressando o seu giro.
Este é o motivo real para que o nome “...Swástica...” signifique em sânscrito :
“...Sw - bom ou bondade; Asti – que virá a ser; Ka – sufixo. E sua combinação implica simplesmente bondade que virá ou será colhida...”
Disto provém o contexto da Swástica coligada a Lua, pois da mesma forma que a mulher da a vida, e sempre foi vista em muitas culturas como uma expressão desta (apesar de o caso nórdico, sumério e eslavo apontarem os deuses lunares como masculinos, mas tendo elementos vinculados aos princípios femininos em vários de seus elementos de representatividade), como é o caso de Urd, Skuld e Verdank (passado, futuro e presente), que são as Nornes, ou Nwarns, responsáveis por tecer o destino dos homens (tais e quais as Parcas gregas ou as Iabas da tradição ioruba africana).
A face sem luz do sol, ou face sombrio era identificada com a fúria feminina, e com os atos de desfecho funesto ou punitivo, como podemos notar na representação da Morrigan ou Morgana dos celtas, ou na Deusa Freia ou na deusa Skhad dos Nórdicos.
Hunters World
Fatos sobre a Swástica
Postado por Winchester terça-feira, 21 de abril de 2009 às 12:38
Marcadores: Curiosidades, Deuses/Culturas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário